segunda-feira, 9 de abril de 2018

Voo Livre


A beleza do empreendedorismo é de que tudo é possível.

A beleza da TI é que abrange qualquer coisa, no mundo imaterial.

Chega a transformar o físico em digital. Tudo que diz respeito a escrita, por exemplo, pode ser conduzido por meio digital. A reprodução em meio físico é um mero conforto para os que ainda não se acostumaram a ler nas mídias digitais. Salvem as árvores! Mais oxigênio para o mundo.

Estamos nos primórdios dos tempos, ainda há muita mudança a desafiar. Fico imaginando a transformação que ocorrerá na logística. A entrega de mercadorias ainda é uma grande barreira, de custo e de gestão. Grandes transformadores de negócio pensam nos meios de entrega, a partir de drones, carros sem motorista e possivelmente outros meios que não envolvam pessoas e transportes convencionais.

Penso no conceito de micro fábricas. Acredito que alguém vai inventar um jeito de transferir digitalmente os pedidos dos consumidores para centros locais de distribuição, próximos ao consumidor onde os produtos serão materializados em tempo real usando máquinas e robôs. É como se você escolhesse a sua roupa pela seu dispositivo eletrônico preferido, na loja de sua preferência e esta, por sua vez, enviasse um comando para uma micro fábrica instalada próximo a sua residência, e reproduzisse a roupa no mesmo instante. Uma evolução da idéia da impressora 3D, do fax que cuspia o papel do outro lado da linha. Talvez vai chegar o tempo onde você teria a sua própria micro fábrica em casa!

De qualquer forma será preciso distribuir a matéria prima. Mas resolvo isto num instante! Teremos micro fábricas de produzir tecido, a partir do fio. E o fio? mais micro fábricas...

Sei que alguém deve estar pensando que é preciso me internar. A beleza do empreendedorismo é que... vai que acontece.

Empreendedor é teimoso quando é persistente mas a idéia não dá certo. E se funcionar, é um gênio!

Gostaria que as transformações chegassem ao modelo de governo. Algo que permitisse aos povos retirar do poder rapidamente os que não atendem aos anseios da sociedade. Que pudéssemos ficar imunes a corruptos, a incendiários, a ditadores, a gestores de causa própria, aos que pensam no seu bolso e dos amigos. O mundo já tem problemas suficientes a enfrentar para sua sobrevivência e para melhorar as condições de vida de seus habitantes. Imagine um App que fizesse isto! Um rápido clique e pronto: temos uma nova esperança.












quarta-feira, 4 de abril de 2018

Comunicar é preciso



Se pudesse recomendar mudança em currículo para quem faz informática eu sugeriria incluir a matéria comunicação.

A comunicação é tão importante no resultado final do projeto quanto é ter um boa definição dos processos e a sua implementação.

Outro dia, chamei uma viagem no Uber e o aplicativo me respondeu que o motorista estava 11 minutos de distância. Achei muito e resolvi cancelar. Que desespero! Onde estava o botão de cancelamento? Sabia que tinha um tempo para acionar o cancelamento antes que fosse cobrado. Além do mais, tinha decidido ir até a rua principal e pegar um taxi. Depois de clicar em "tudo" três ou mais vezes acabei encontrando o link. Foi um stress.

Pois é, antes de reclamar, preciso olhar para meu umbigo. Em primeiro lugar, temos que entregar o que prometemos. E como sempre digo, para entregar é preciso prometer, ou seja, deixar claro o que vamos fazer. A questão da comunicação trata do "como".

Depois de muitos projetos cheguei a conclusão que o melhor modelo é o que inclui apresentar um protótipo para a solução. Quero que o usuário veja a estrutura de navegação e comunicação que estamos propondo para resolver o seu processo. Como procuramos projetar processos independentes para os diferentes perfis de negócio, o protótipo deve considerar cada perfil.

Temos que ter o cuidado com os nomes dos labels que utilizamos. Existe informação mais perigosa do que solicitar uma data? Data de quê? Invariavelmente a resposta de qual data requer que o analista recorra ao código para "lembrar" do que se trata. Coitado do usuário! Talvez devêssemos ensina-lo a ler código.

A tangibilização da solução através da prototipação traz outros benefícios colaterais, como, por exemplo, a visão se o processo está completo e maduro. Ao navegar - sim! o protótipo precisa ser navegável - o usuário lembra do que ficou faltando na etapa de levantamento. Às vezes, o mecanismo de comunicação que pensamos não se aplica ao volume real de transações. O usuário rapidamente observa as dificuldades. É muito melhor do que descobrir algumas centenas de horas de codificação depois.

Na minha visão o protótipo é importante para qualquer tamanho de projeto. Seja de poucas semanas a muitos meses. É importante para metodologia de desenvolvimento em cascata mas também para o desenvolvimento ágil. Neste último, ao menos antes de cada sprint. Aumenta o projeto? talvez. Mas o resultado é muito mais aderente à expectativa do usuário.





terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Produtividade em TI


Recentemente saiu um estudo sobre a produtividade do brasileiro em relação aos trabalhadores de outros países.

Somos seis vezes menos produtivos que o primeiro da lista, a Noruega.
Ou seja, o norueguês pode ganhar até seis vezes mais que ainda assim produzirá igual ou melhor que nossos trabalhadores, em média.

Trouxe este tema para reflexão dentro da TI.

Será que um norueguês codifica seis vezes mais rápido que o brasileiro? Certamente não. Provavelmente a produção de código de programa deve ser parecida.

A diferença está na qualidade da entrega e não na quantidade.

A nossa entrega está preocupada com o funcionamento do projeto, nas condições ditas normais de uso - sendo "normal" o que o analista entende por isto.
A deles está preocupada com a maior quantidade possível de ações que o usuário poderia fazer durante o uso do projeto, de forma a tornar o projeto 99% imune a erros, ou, no limite, informando da existência de uma situação não desejada.

O resultado é que o norueguês estará pronto para iniciar o próximo projeto, sem praticamente ser interrompido, enquanto que nós estaremos nos debruçando sobre um mar de ajustes no projeto recém entregue. É quase impossível estabelecer o prazo para o próximo projeto, dado que a quantidade de interrupções não é passível de ser dimensionada.

O que seria eventual - um incidente numa situação muito especial - se torna corriqueiro. Os ajustes vão sendo solicitados a medida que o usuário passa pelas diferentes funcionalidades do projeto. Entra ano, sai ano, o projeto ainda apresenta inconsistências.

Na prática, por aqui, a atividade de sustentação de um projeto acaba sendo a principal da equipe de TI.

Existem ferramentas de planejamento e métodos de trabalho para lidar com esta questão e minimizar o cenário descrito, mas o fato relevante que dificulta a mudança é o cultural.

Nós temos que entender que o projeto é um processo com vida própria, e que a nossa responsabilidade está em projetá-lo para sobreviver num ambiente onde não há uma única ordem e previsibilidade.

A mudança cultural é difícil mas é preciso enfrentá-la pois o gap está ficando cada vez maior e pode se tornar irreversível.




terça-feira, 27 de junho de 2017

Reflexões sobre Inovação

Durante um tempo tive a honra de ser convidado pelo IBGE, para que o pessoal de lá entendesse um pouco como funcionava o mercado de TI. Havia tanta curiosidade quanto desconhecimento.

Porém um consenso sempre prevaleceu: a TI está umbilicalmente ligada à inovação,  principalmente no que que diz respeito a produtos de software, customizáveis ou não, e serviços que envolvam metodologias e práticas de negócio.

Conversamos muito sobre conceitos de inovação no sentido mais amplo. E descobri que inovação é quase uma ciência sem fronteiras! São vários os pensadores e filósofos que formulam princípios do que é inovar.

Guardei para mim uma das ideias que sempre repito: há três formas de inovar do ponto de vista corporativo. A inovação para o mundo: é quando se propõe algo que nunca foi feito antes. A inovação para o país: é quando se traz algo que nunca antes foi aplicado no país. E a inovação para a empresa: é quando se adota algo que a empresa nunca praticou.

Na Ingresso.com praticamos a inovação para o mundo. Pela primeira vez (que a gente tivesse conhecimento) alguém propunha imprimir em casa o ingresso, ao invés de retirar no cinema ou no teatro. Deu certo! Hoje isto acontece no mundo inteiro.

Na Task lançamos pela primeira vez no Brasil o ponto eletrônico. O pioneirismo teve o seu preço, mas o resultado foi muito bom. O Forponto virou referência.

Desenvolvemos do zero um produto para service desk, seguindo as melhores práticas do ITIL. Não foi uma inovação para o Brasil, pois outras empresas internacionais já estavam por aqui. Entretanto criamos no Vivaz o conceito de Cenário dentro da etapa de mudança. O Cenário é uma forma prática para documentar mudanças em projetos ou processos e, ao mesmo tempo, obter do cliente a aprovação do que está sendo proposto. Ou seja, um compromisso mútuo. Uma vez aprovada e implementada, fica disponível para o todo sempre! O Cenário é uma inovação para o mundo (que a gente saiba) no ambiente de service desk.

Agora, desenvolvemos o Atobá. Com conceitos inovadores, o Atobá cria em pouquíssimo tempo o relacionamento entre cliente e seu interlocutor, numa relação 1 para 1. Comporta funcionalidades para disponibilizar as informações do sistema legado e um banco de documentos e imagens. Ainda não encontramos nada igual, mas não dá para dizer que somos os únicos, o que deve ser pouco provável, dada a velocidade e a quantidade de pessoas que hoje desenvolvem soluções inovadoras.

Quando em 2000 lançamos o Wintility, implementamos várias inovações. Por exemplo, a possibilidade de criar um documento a partir de uma regra de nomeação, e de salvar num local previamente estabelecido. Desta forma, deixava de ser uma atribuição do usuário definir nome e local para salvar, passando a ser uma regra da empresa. Foi certamente uma inovação e tanto. Praticamente eliminamos a possibilidade de um documento se perder, dentro do ambiente corporativo.

Inovar custa caro. A maioria das vezes quem inova não é quem vai colher os louros. Há muitas outras variáveis em jogo. Mas é muito prazeroso ver que a sua ideia pode ajudar a melhorar as pessoas, as empresas, e quiçá, o mundo.
















quinta-feira, 15 de junho de 2017

Voltando ao mundo real da TI

A TI vive dois mundos bem distintos. O mundo desbravador das start-ups e o real das empresas.

Estive no cardiologista recentemente e, notando a sua imersão com o computador, quase tanto tempo dedicado a digitar quanto a me examinar,  indaguei se ele já nascera no mundo digital. Orgulhoso, respondeu que precisou se adaptar, mas que foi um dos pioneiros a adotar o consultório digital.

Entretanto, desfilou todo o seu desapontamento porque não conseguia migrar do software antigo para um mais novo, já na web, com diversas melhorias. Seu software não tinha mais manutenção, a empresa acabou, e os dados guardados em Access estavam protegidos por senha.

Bem-vindo ao mundo real!

A grande maioria dos profissionais de TI se dedica a manter as empresas funcionando, de olhos grudados na segurança das informações, assistindo os usuários, preocupados com a continuidade dos negócios. Como na luz elétrica: enquanto funciona todos esquecemos dos robustos investimentos necessários para que não falte luz. Mas é preciso estar sempre atento pois o caminho é cheio de surpresas. E elas aparecem quando a gente menos espera. O investimento não pode parar.

Outro contigente de profissionais são os criadores de processos.

Apresentei o SOL para uma gerente de tecnologia. Ela ficou maravilhada mas, poucos segundos depois, se encolheu e sussurrou: "o SOL é muito bacana para automatizar processos num ambiente de workflow. O problema é que as empresas não têm seus processos definidos...".

O mundo real das empresas representa um manancial de oportunidades em todos os sentidos. O conceito de inovação através do modelo de start-ups abriu os olhos para a pesquisa de novos produtos e serviços, que possam representar ganhos expressivos. Por outro lado, as empresas precisarão cada vez mais de processos para sobreviver. Estamos no fim do poço em produtividade e é preciso mudar rápido.

É portanto preciso pensar para frente sem esquecer que existe um caminho. E como disse o poeta, no meio do caminho existem pedras. Não podemos tropeçar.











sexta-feira, 2 de junho de 2017

iCloud: a corrida do ouro


Não tenho dúvida alguma. Estamos vivendo a era do iCloud.

Os grandes do mercado deixaram de lado seus aplicativos, banco de dados, ferramentas de produtividade e ERPs para se concentrarem na oferta de nuvem.

Parece uma corrida contra o tempo. Somente a Pix recebeu quatro propostas em menos de um mês. Estou me referindo a empresas globais e gigantes.

Não tenho dúvidas que os projetos colocados na nuvem são muito bons, principalmente, se superados os receios de segurança de dados e escalabilidade. Nossos produtos são ofertados em nuvem já há algum tempo, e o resultado é excelente.

São muitos os atrativos do ponto de vista do cliente. Começando pelo custo, já que o investimento é diluído no tempo, e ocorre com o uso. Cada fornecedor adota um modelo de negócio e o princípio é que o cliente paga pelo que efetivamente utiliza. No caso de soluções de software são oferecidas opções para empresas que preferem adquirir a licença e ter um desencaixe menor e fixo por mês, sem a surpresa de uma variação de custo. Enfim um modelo para cada gosto.

O cuidado com a infraestrutura, segurança e com a entrega do processamento passa para a responsabilidade do fornecedor. Menos uma questão para operacionalizar. Mais foco no negócio. E, se o negócio cresce, é fácil contratar mais recursos. É praticamente imediato.

A evolução tecnológica também vai exigir menos investimento para o cliente. Isto é um problema do fornecedor. O cliente pode trocar de solução sem a mesma preocupação com os cálculos de payback do passado.

Do ponto de vista do fornecedor de software há um descasamento inicial de faturamento. Porém a receita recorrente cresce e ela garante a continuidade dos investimentos, fazendo com que as soluções se tornem melhores e mais completas.

Para os provedores, é um colírio para uso olhos. Ao compartilharem recursos com a carteira de clientes otimizam o uso da infraestrutura e dos software de middleware. Se assemelham ao modelo de negócio das empresas de telefonia, onde se tarifa o consumo. Não é a toa que a guerra de gigantes está em pleno curso.

O iCloud é democrático. Atende do micro negócio a empresa que fatura bilhões. Cada um paga pelo seu consumo, proporcional ao seu tamanho.

O modelo é ganha-ganha. Veio para ficar.



























segunda-feira, 8 de maio de 2017

25 anos

Neste mês de maio de 2017 comemoramos 25 anos de existência da Pix.

A Pix nasceu por acaso. Um mês antes havia terminado uma sociedade de 10 anos na empresa que havia fundado. Estava muito triste. O sonho de jovem parecia enterrado por razões que nem me lembro. Minha primeira funcionária, corrigindo, minha grande amiga, disse que não fazia sentido trabalhar na empresa se eu não estivesse mais lá.

Resolvi começar tudo de novo. Com uma condição: que fosse diferente de tudo que fazia antes. Uma promessa para mim mesmo. Nos instalamos a mesa de jantar da minha casa, 7 abnegados, junto às minhas filhas pequenas, que alegravam o ambiente depois da escola. As empresas americanas começavam na garagem, a Pix foi na sala de jantar.

No primeiro ano, em 1992, o Windows estava engatinhando mas com espírito de vencedor. Resolvemos desenvolver um primeiro projeto com o novo ambiente. Na Fenasoft, mais famoso evento de software do Brasil, expusemos o projeto pioneiro num stand pequenininho. Foi assim que nasceu o DNA da Pix em inovação.

Da experiência com o Windows fomos contratados pela Convergente para ajudar no lançamento do Carta Certa para Windows. O Carta Certa liderava o mercado brasileiro de editores de texto para DOS, mas a força da Microsoft implodiu a empresa. Não foi por falta de competência e ousadia dos fantásticos rapazes da Convergente. A Microsoft fez o mesmo com gigantes na América.

Criamos uma área de projetos. Desenvolvíamos sistemas sob medida para empresas, mas o sonho era construir produtos inovadores.

Daí surgiu o Pix System Manager, logo rebatizado de Wintility. Era um conjunto de ferramentas para organizar os arquivos do computador. Em 1998 lançamos o programa nos Estados Unidos para venda nas chamadas Superstores. A mais famosa, CompUSA. O produto estava lá, exposto na prateleira, em inglês, para quem quisesse comprar. Editamos cerca de 3.000 cópias.

Logo, logo, chegou a internet. Com ela as lojas físicas perderam o sentido e se foram.

Fomos parar na internet. Fomos para o mundo dos crackers, ou seja, as pessoas que quebravam a segurança do software e distribuíam as licenças piratas. Foi um orgulho ver o Wintility pirateado. Naquele momento já sabíamos que não íamos sobreviver de um produto para o mercado de pessoa física. Ganhamos o Head of the Herd, do site Tucows, famoso por promover software no mundo. Foi uma chuva de downloads naquele dia. Avaliações eram publicadas em todos os idiomas.

Reinventamos o Wintility e transformamos em um produto para o mercado corporativo. Pela internet, vendemos para empresas em 30 países. Já não precisávamos operar do Estados Unidos, e trouxemos para o Rio de Janeiro. O Wintility não funcionava na Web e isto fez toda a diferença, contra.

No início dos anos 2000 nos juntamos a 3 rapazes da PUC, da empresa Interatum, atuando como anjo. Nasceu a Ingresso.com. Sucesso absoluto. Mauro, Luis Paulo e Jorge Alberto são os caras. Foi uma experiência incrível.

Desenvolvemos mais 5 produtos nestes últimos quinze anos. Em áreas as mais diversas. Saphira, SOL, Pharos, Vivaz e o mais novinho, Atobá. Cada produto é referência em sua área. O Saphira em e-procurement, o SOL em workflow, o Pharos em gestão do conhecimento e o Vivaz em gestão de serviços para TI. O Atobá constrói portais de relacionamento. Para cada produto temos um time. Cada produto é tratado como um filho.

Hoje posso dizer com tranquilidade que somos uma empresa inovadora. Estamos cumprindo nossa missão. Trazer felicidade aos que nos cercam: colaboradores e família, clientes, parceiros, amigos.

Tudo que realizamos foi com nossos próprios recursos, humanos e financeiros. Como visionários sabemos que há um preço a pagar. Mas valeu muito a pena. Valeu cada minuto. Na casa da Camuirano respiramos inovação e criatividade.

Lançamos este ano nosso novo slogan. Nosso mote. Nossa crença.

"Soluções inovadoras, Resultados Surpreendentes"

Meu mais profundo agradecimento a todos que fizeram parte desta história. Tenho muito orgulho de vocês.

Somos a Pix. Uma empresa brasileira.

Esta é a nossa história.